terça-feira, 10 de setembro de 2013

História Local - Icó-CE

   Icó é uma grande cidade pequena. Mesmo distante dos principais centros econômicos do Ceará, ela saboreou seu apogeu econômico e galgou lugar no roteiro cultural e turístico do estado. Sobretudo depois que parte do casario desta antiga “Princesa dos Sertões” foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O nome Icó veio do dialeto indígena Tapuia, que quer dizer “água (ou rio) da roça”. Contudo, desde seu surgimento, nas derradeiras luzes do Século 17, o povoado suplantaria a singeleza de seu significado.
   Aos olhos do visitante, a primeira visão que encanta é o conjunto arquitetônico de despojada funcionalidade e beleza, formado por sobrados, casarões e igrejas de estilo eclético, colonial e barroco, em harmonia com a exuberância natural que envolve a cidade. Construídos em meados do Século 19, esses prédios sobreviveram aos homens e ao tempo, mantendo suas integridade e essência, apesar de terem sofrido descaracterizações (mais tarde revertidas) durante ocupação agressiva do sertão cearense.
Tais edificações emergiram em momentos de prosperidade alicerçados na criação de gado, no cultivo de vazantes do Rio Salgado e, sobretudo, no fato de a então Vila de Icó se ter convertido em cruzamento de importantes trilhas de comunicação do Brasil Colônia.  Favorecidos por esse aspecto, comerciantes locais enriqueceram, atendendo tocadores de gado que ali surgiam vindos pelas Estradas Geral do Jaguaribe e das Boiadas, caminhos de ligação do Ceará com os estados de Pernambuco, da Paraíba e do Piauí. A efervescência econômica mudou a fisionomia urbana de Icó até sua conversão em cidade.

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